quinta-feira, 27 de novembro de 2014

"Não estás bem assim?"


"Não estás bem assim?"
"Estou."
"Então pronto, eu também."


Quando é que percebes que não se trata de estar bem? Eu estou bem, mas podia estar muito melhor. Podias saber reagir a muitas coisas, a tudo quase. Tudo isto que eu estou a escrever devia dizer-te pessoalmente, mas as palavras falham-me. Eu sei, é a ironia do destino. Falo tanto, mas quando é necessário, as palavras fogem a sete pés. Quando é que tu percebes que eu também tenho medo do futuro, do que virá? A incerteza não é fácil, mas não é fácil para ninguém. Nem para mim nem para ti. Nem para a Maria ou para o João. O meu maior medo é o "tarde demais", a fatalidade da incerteza e dos receios. Se eu queria estar contigo agora? Queria, quero. Quero estar contigo a cada instante e poder dizer-te tudo agora, porque amanhã as palavras falham-me e a incerteza trai-me.

- MM -

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