terça-feira, 24 de março de 2015

Manhãs refletidas numa chavena de café

Manhãs demasiado perto das madrugadas. Dias frios. Dois dedos de conversa a acompanhar uma chávena de café. O contraste do calor e do frio presentes. Os nossos encontros - momentos em que o somos sem saber - resumem-se a isto mesmo. Ao silêncio. Aos sorrisos. Aos olhares. Às partilhas. A tudo isto simultaneamente. Ao tempo que demoramos a beber aquela chávena de café. A mesma de todos os dias. O café demora sempre mais tempo a ser bebido. A realidade não quer ser enfrentada. Fico-me pelo silêncio do olhar. Mais dois dedos de conversa. Menos uma chávena à mesa. O ciclo repete-se. As chávenas acabaram. O café foi bebido. Desta vez não esqueces o relógio. A conversa ficou a meio. "Depois há mais", dizes com o silêncio do olhar. Corações quentes. Realidade a ser enfrentada. 3, 2, 1... 

- MM -

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