quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Baseado na vida real

Insisto. Muito mesmo. Insisto porque persisto em ser feliz. Não desisto de ti porque não sei como desistir dos sentimentos e pensamentos que me levam até ti. Mesmo fazendo-me tão mal, fazes-me tão bem. É algo contraditório, mas não somos nós uma antítese que supera as de Camões? Somos muito mais que palavras declamadas, diálogos narrados e gestos encenados. Somos tudo isto numa encarnação, somos a inspiração do que os grandes poetas escrevem e os músicos cantam. Somos reais, não somos histórias baseadas na vida real. Esse é o problema muitas das vezes. Não podemos querer uma história como a dos filmes, livros, músicas, não podemos querer o que é apenas baseado em algo que se viveu. Já não falo no factor pessoas diferentes, histórias diferentes. Falo antes da diferença que a realidade e o baseado na vida real transmitem. Falo da diferença entre a massa ninhos de ovos e o esparguete. Falo da diferença do turvo e do transparente. Acho que já dá para perceber. Nos filmes sabemos sempre tudo o que cada um pensa e o porquê de como age, as coisas são claras e não um bicho de sete cabeças, mesmo que não saibamos tudo, sabemos que o final é sempre feliz, porque o que vende são os finais felizes. (Como as pessoas gostam de sonhar com aquilo que não têm...) Ilusões! Quando passamos para a vida real a probabilidade de se ter um final verdadeiramente feliz é abaixo de 1% e com muitos zeros à esquerda. No entanto, eu insisto e persisto sem desistir. Quero ser feliz, o destino e a vida nem sempre me dão razão, mas se eu não construir o meu final feliz ninguém o fará. Não estou à espera que te transformes no príncipe encantado no seu cavalo branco para me salvar deste mundo a que chamamos realidade, isso seria sonhar com o mundo encantado. Numa visão mais moderna, também não estou à espera que no dia do meu casamento apareças pela porta no último segundo e me peças para não casar, isso seria viver num filme. A vida não é encantada nem um filme por isso em cada dia faço história, a minha história, nuns estás mais presente do que noutros, nuns és mais intenso e noutros mais pejorativo, mas continuo a ser a personagem principal da vida real. É por isto que enquanto fizeres parte da minha história de felicidade, vou continuar a insistir.
Fim
E felizmente insistiu para sempre! (Era bom não era?! Para já é só ilusão)

- MM -

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